tenho medo
do medo de mim
fujo do sonho
do sonho que, enfim
não nasce comigo
antes, e assim
perde-se no nada
um nada ruim
resta-me agora
do sonho de mim
fazer-se-me outro
outro, enfim
que me emane sem medo
talvez só assim
não reine confuso
o desejo ruim
que vive, aqui, preso
dentro de mim
José Heber de Souza Aguiar
São Carlos – SP em 09/03/2008