sábado, 29 de agosto de 2009

Sob o céu azul da Cidade Alegre


quisera eu não mais ver
o cotidiano da vida
sobre o qual reina confuso
o clamor do mendigo
a fugir dos améns da injustiça

esparramam-se ao chão as migalhas
dos pães, dos dias, da dor, do pretenso homem
sob o céu azul da Cidade Alegre
que transforma a exploração
em subversiva trama:
liberdade em lucro
lucro em fel
vida em lixo
lixo em céu

grita aos meus olhos
a dor da vida
no choro inocente da criança
a implorar o pão
da fome

Porto Alegre-RS, 12 de junho de 2007 (29/08/09)

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