viajamos juntos à eternidade
de nosso olhar;
perdi-me em vil serenidade:
desejo louco
de te mais que amar
teu corpo magro e alto
- mais que meu sonho -
escapava de meu desejo incauto
nos segundos sem fim
daquele tempo enfadonho
a água verde da laguna
prateada
derramava-se em agonia, sem alguma
racionalidade que nos fizesse
amar sem nada
tua resistência em não me querer
fazer companhia
fadava-me ao te ler
e eu, sem querer que nada dissesses
nada mo disse, apenas mo lia
lias-me como quem nada lia;
como quem nada amasse.
Era eu o teu pedaço róseo de agonia
derramado às areias de Laguna
à procura de respostas sem que nada mo perguntasse
em tamanho desterro, chegamos a nosso destino...
Eu, ainda, mais que proponho
deixar-me num papel, um louco menino
que no resvalar do ônibus, na estrada
descobre o fim de tudo... Era um sonho
Um comentário:
Como sempre, magnífico!!!
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