sábado, 8 de setembro de 2007

A Larapia

(contraponto à poesia A Pátria, de Olavo Bilac)

odeia com afinco e desgosto, a terra em que nasceste

pobre, não verás nenhum país como este!
olha que céu! que lar! que brios! e que moléstia!
a natureza aqui, perpetuamente em sesta
é um rio de lama, a escorrer dos garimpos

vê como vida havia no chão! vê que vida habitava nos ninhos
que se balançam no ar, entremeados de insetos!
vê que cruz, que pavor, que multidão de inquietos!
vê as extensões de matas, onde impera
a serra raivosa e a eterna sorte dela!

boa terra! Jamais negou a quem lhe esmigalha
o tanto de mata que some, o motor que estraçalha

quem sem pôr suor a inunda e a empobrece
vê pago seu esforço, e feliz, enriquece!

pobre! não terás pão nenhum aqui neste
grita, por grandeza, na terra onde empobreceste

Um comentário:

Ariana disse...

olá é a Sandriéli e para achar o meu blog basta ir ao Google e colocar "minhas criações (Ariana)"... Obrigada e espero que gosto.Ah! Estou aberta à sugestões, viu?